domingo, 9 de junho de 2013

O ensino de língua estrangeira no Brasil

O ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas há muito tempo precisa de modificações. Professores e alunos estão desmotivados, e a língua, quando ensinada, não sai da parte estrutural. A escola pública encontra-se digitalmente defasada, o que pode acarretar numa diferenciação ainda maior entre alunos advindos de escolas públicas e particulares. Logo, os professores de escolas públicas precisam começar a pensar em soluções para amenizar este problema. Discorra sobre essa afirmação.



O ensino de língua estrangeira no Brasil

A problemática do ensino de língua estrangeira no Brasil precisa ser discutida e reavaliada. No ensino público, por exemplo, podem-se apontar inúmeras falhas no processo de ensino-aprendizagem. Sabe-se que tanto professores quanto alunos estão desmotivados. Professores mal qualificados não possuem domínio da língua e por isso se veem obrigados a perpetuarem o ensino da estrutura gramatical da língua, quando na verdade deveria focar o uso real da língua em diferentes situações de comunicação. Se ele não buscar o aperfeiçoamento, com certeza isso não irá ocorrer.
Já o aluno, está cansado de passar frases da afirmativa para a negativa e interrogativa, decorar um lista de verbos irregulares, sem contar o verbo to be (que ele viu desde a 5ª série, mas não sabe pra que serve), não vê significado em aprender uma segunda língua. Normalmente, percebe-se que os poucos alunos que desejam aprender outra língua, fazem cursos paralelos ao curso escolar em escolas particulares. Dependendo das escolas, nunca aprenderão.
Isso porque o Brasil é o país com maior número de escolas de inglês do mundo, no entanto, apresenta números baixíssimos de falantes não nativos de inglês. Culpa de um sistema onde quanto mais tempo demorar a aprender melhor. Melhor para as escolas, é claro.
Não só o ensino de língua estrangeira merece atenção nas escolas públicas, no que diz respeito a recursos tecnológicos. Quando há algum recurso é um aparelho de som para os alunos ouvirem e repetirem palavras descontextualizadas.
As salas de informática muitas vezes são lugares inabitados. Muitos professores ainda tem receio de utilizar os computadores, ou por não saber operar ou por seu aluno saber mais que ele. Faltam softwares adequados e por não terem manutenção periódica as máquinas tornam-se obsoletas.
Portanto, o ensino de língua estrangeira no Brasil deve ser completamente reformulado. Hoje se ensina inglês ou espanhol para o aluno ao sair do ensino médio, testar seus conhecimentos em provas institucionais ou tentar um vestibular. Enquanto o ensino de línguas não for visto como necessário para uma comunicação eficiente no mundo moderno, tanto por alunos como por professores, não haverá mudanças.
É necessário cursos de qualificação para professores da rede pública, bem como uma reformulação do currículo para que o foco mude da estrutura para o uso. Só assim, os alunos sentirão o quão importante é saber uma segunda língua, e, os professores se sentirão confiantes e úteis em ensinar algo que os alunos gostam e estão aprendendo de forma significativa.


(Paulo Adriano – maio/ 2013)

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