domingo, 9 de junho de 2013

O ensino de língua estrangeira no Brasil

O ensino de Língua Inglesa nas escolas públicas há muito tempo precisa de modificações. Professores e alunos estão desmotivados, e a língua, quando ensinada, não sai da parte estrutural. A escola pública encontra-se digitalmente defasada, o que pode acarretar numa diferenciação ainda maior entre alunos advindos de escolas públicas e particulares. Logo, os professores de escolas públicas precisam começar a pensar em soluções para amenizar este problema. Discorra sobre essa afirmação.



O ensino de língua estrangeira no Brasil

A problemática do ensino de língua estrangeira no Brasil precisa ser discutida e reavaliada. No ensino público, por exemplo, podem-se apontar inúmeras falhas no processo de ensino-aprendizagem. Sabe-se que tanto professores quanto alunos estão desmotivados. Professores mal qualificados não possuem domínio da língua e por isso se veem obrigados a perpetuarem o ensino da estrutura gramatical da língua, quando na verdade deveria focar o uso real da língua em diferentes situações de comunicação. Se ele não buscar o aperfeiçoamento, com certeza isso não irá ocorrer.
Já o aluno, está cansado de passar frases da afirmativa para a negativa e interrogativa, decorar um lista de verbos irregulares, sem contar o verbo to be (que ele viu desde a 5ª série, mas não sabe pra que serve), não vê significado em aprender uma segunda língua. Normalmente, percebe-se que os poucos alunos que desejam aprender outra língua, fazem cursos paralelos ao curso escolar em escolas particulares. Dependendo das escolas, nunca aprenderão.
Isso porque o Brasil é o país com maior número de escolas de inglês do mundo, no entanto, apresenta números baixíssimos de falantes não nativos de inglês. Culpa de um sistema onde quanto mais tempo demorar a aprender melhor. Melhor para as escolas, é claro.
Não só o ensino de língua estrangeira merece atenção nas escolas públicas, no que diz respeito a recursos tecnológicos. Quando há algum recurso é um aparelho de som para os alunos ouvirem e repetirem palavras descontextualizadas.
As salas de informática muitas vezes são lugares inabitados. Muitos professores ainda tem receio de utilizar os computadores, ou por não saber operar ou por seu aluno saber mais que ele. Faltam softwares adequados e por não terem manutenção periódica as máquinas tornam-se obsoletas.
Portanto, o ensino de língua estrangeira no Brasil deve ser completamente reformulado. Hoje se ensina inglês ou espanhol para o aluno ao sair do ensino médio, testar seus conhecimentos em provas institucionais ou tentar um vestibular. Enquanto o ensino de línguas não for visto como necessário para uma comunicação eficiente no mundo moderno, tanto por alunos como por professores, não haverá mudanças.
É necessário cursos de qualificação para professores da rede pública, bem como uma reformulação do currículo para que o foco mude da estrutura para o uso. Só assim, os alunos sentirão o quão importante é saber uma segunda língua, e, os professores se sentirão confiantes e úteis em ensinar algo que os alunos gostam e estão aprendendo de forma significativa.


(Paulo Adriano – maio/ 2013)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ano Novo. O que muda? Nada muda, se você não mudar.


Ano Novo. O que muda? Nada muda, se você não mudar.

De nada adianta passar um ano, chegar outro e você continuar no mesmo erro. Envelhecemos para isso mesmo: adquirir experiências, e transformarmos a nós mesmos e ao mundo.
Se prostrar, chorar, se arrepender, fazer de novo, errar de novo, de nada adianta. O que adianta é ser forte, ser corajoso, ser consciente que o mundo só muda com força de vontade, com fé, com ações. De nada adianta tantos discursos, tantas promessas, tantos planos se não corrermos atrás de nossos objetivos.
Nada cai do céu. Só a chuva. Se você quer algo, levante cedo e trabalhe para conseguir. Só ter fé também não basta. É preciso lutar. Não desanimar nunca, e mesmo quando estiver desfalecendo nossa fé, procurar alguém que possa te ajudar a te levantar. Se não houver? Procure algo que te anime. Acima de tudo acredite em Deus! Mesmo que você não acredite nEle, acredite em algo superior, algo que seja mais forte e mais soberano que você.
Nunca se esqueça de que o ano só será novo se você tentar novas coisas. Quem vive de passado é museu. Tente, experimente, faço do novo uma rotina. Atraia para sua vida coisas boas, pessoas boas, bons momentos, boas paisagens, bons pensamentos, boas músicas, bons livros, tudo bom...
Veja o nascer e o pôr-do-sol pelo menos uma vez no ano. Vá ao mar e ande pela areia e reflita consigo mesmo. Talvez este seja um bom momento para se reencontrar em seus pensamentos. Se ainda não adiantar, suba numa montanha, e de lá de cima, olhe mais pra cima ainda e perceba como somos pequenos, mas que nossa grandeza está dentro de nossos corações.
Ajude alguém. Nunca encolha a mão pra quem verdadeiramente precisa. Fuja de pessoas que atrasam sua vida. Fuja de situações que te aborreçam. Mas não fuja dos problemas. Eles existem para nos desafiar e nos tornar mais fortes. E quando achar que és fraco, lembre-se que se você desistir, vai ser mais um a ser motivo de riso de seus inimigos.
Se eu puder dar um último conselho: sorria! A alegria é a melhor coisa que existe. Com ela podemos experimentar sempre a felicidade que insiste em nos tentar, indo e voltando. Mas a vida meu caro, é isso: altos e baixos.
Desejo que este Novo Ano, seja realmente novo. Não por ser um número novo, mas por que espero que você consiga fazê-lo novo, brilhante, e esplendoroso.

Feliz 2013!!!
Paulo Adriano (Dez/ 2012)

domingo, 21 de outubro de 2012

Relatório sobre o filme “Lixo Extraordinário” *


Relatório sobre o filme “Lixo Extraordinário” *


Após assistir ao filme “Lixo Extraordinário” foi solicitado aos alunos que refletissem sobre o que eles aprenderam, que mensagem foi mais marcante para eles e o que mais emocionou eles durante a exibição.
Em sua maioria eles apontaram que lixo é algo que não se pode reutilizar, pois com aquilo que parecia ser lixo os catadores de materiais recicláveis conseguiram fazer obras de arte.
Algumas lições de vida puderam ser observadas em suas produções como: não devemos nos dar por vencido; arte pode transformar a si mesmo e o mundo a sua volta; nunca deixar de ter um sorriso no rosto mesmo com todo o sofrimento da vida, temos que trabalhar com alegria, pois a vida é bela.
A esperança deve ser sempre mantida por mais dura que a vida possa parecer. Há muitos que vivem com tão pouco e mesmo assim não reclama da vida. No entanto, temos que buscar sempre o melhor, através da busca incessante pelo conhecimento, já que a falta dele gera o sofrimento e o preconceito. Recolher material reciclável não é vergonha, mas sim uma forma de sustento para muitas pessoas.
Algumas questões de cidadania também foram elencadas como separar o lixo doméstico; cuidar do nosso lixo não o deixando nas ruas para que não entupam os esgotos, os rios e o meio ambiente; muitas coisas que estão no lixo ainda podem ser reaproveitadas.
Para concluir, duas frases do filme marcaram muito os alunos: “99 não é 100” e “arte só é arte quando toca o outro”. Da primeira eles observaram que devemos buscar sempre o melhor e nunca deixar ser vencido pelo desanimo nem desistir fácil dos nossos objetivos. Da segunda frase eles compreenderam que a vida pode ser vista com outros olhos, apesar de todo sofrimento. Arte pode ser encontrada nos lugares mais incomuns e a pobreza não está no corpo, mas na alma.
A escolha do filme foi ainda elogiada por muitos alunos, como forma de aprender além da sala de aula. Foi considerada por muitos com uma das melhores exibições, um filme que além de ensinar tocou muito em suas emoções.



* Trabalho de produção de texto realizado com os alunos da 7º série da Educação de Jovens e Adultos da EMEF Profª Marleciene Priscila Presta Bonfim, sob orientação do professor Paulo Adriano no dia 16 de outubro de 2012.

domingo, 29 de julho de 2012

Você é a favor ou contra a autorização de feriados durante os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?


Redação - Dissertação:
Você é a favor ou contra a autorização de feriados durante os jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?

Feriado na Copa do Mundo é um beneficio

A cada quatro anos o mundo para a fim de ver as seleções defender à nação nos estádios de futebol. Não há quem não comente ou não se envolva com este espetáculo que é a Copa do Mundo e que a cada edição fica mais bonita e mais competitiva.
No entanto, a cada jogo, pessoas deixam seus locais de trabalho e se aglomeram em ruas, bares e restaurantes espalhados pelas cidades com a intenção de assistir às partidas. Dependendo do horário, algumas empresas autorizam seus funcionários a saírem mais cedo ou entrarem mais tarde. O que gera uma série de transtornos e complicações por questões de deslocamento.
Na intenção de possibilitar à população brasileira assistir com maior conforto aos jogos da seleção, foi levado à discussão no dia 19 de setembro de 2011 no Congresso Nacional a lei que autorizaria os municípios, estados ou até mesmo a federação a decretar feriado no dia das partidas.
O projeto é viável, pois dá o direito a todos os brasileiros de verem sua seleção jogar, além disso, as pessoas ganhariam uma folga do trabalho e um descanso a mais, caso o jogo fosse durante a semana. Portanto, não há razão para que a lei seja negada, pois beneficiaria à população, ou pelo menos aqueles que gostariam de assistir às partidas.


Brasileiro não gosta é de trabalhar

Autorizar feriados durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil é perpetuar a ideia de que brasileiro não gosta de trabalhar.
Analisando países como o Japão, por exemplo, onde se trabalha de segunda a segunda, pode-se se concluir o que leva um país ser ou não desenvolvido. Basta analisar aos fatos: um país que em março de 2011 sofreu um grande terremoto que devastou parte do país, um ano depois estava quase que reconstruído.
Já no Brasil, as chuvas que acabaram com a Região Serrana do Rio de Janeiro em janeiro de 2011, mesmo um ano após as enchentes, ainda possuem problemas a serem resolvidos. Sem contar a falta de responsabilidade por parte dos governantes com as verbas públicas para a reconstrução da cidade.
Ou seja, para-se um país para ver uma partida de futebol e enquanto isso deixa de funcionar vários setores que deveriam estar produzindo e enriquecendo o país. Caso a seleção ganhe, ninguém ganhará nada com isso; e caso perca, todos perderão.
Desta forma, não há porque parar uma nação que abastece o mundo e que tem tudo para ser uma das grandes potências mundiais, simplesmente para ver sua seleção ganhar ou perder.
Enquanto isso, sofrem os setores como a saúde, educação, produção, entre outros, que ao invés de estarem funcionando estarão parados. Sem contar que dependendo do dia que o jogo for transmitido, ainda pode ocorrer um ponto facultativo, coisa que brasileiro nem gosta...



O objetivo da atividade realizada com as 8ª séries do EJA da EMEF Prof.ª Marleciene P.P. Bonfim em Hortolândia/ SP foi mostrar que a dissertação pode ter vários pontos de vista sobre um mesmo assunto. Ou seja, dissertar é argumentar de forma que quem lê o texto acredite.

Discurso paraninfo


Meu cordial “Boa Noite” a todos.

Peço licença para, neste momento, dirigir-me aos formandos, os quais tive o prazer de conduzir até o presente momento dentro da sala de aula e cuja formatura traz momentos de alegria mesclados de certa saudade antecipada pela separação inevitável e necessária.
Quando fui escolhido como Paraninfo dessa turma, recebi com muita alegria a notícia. O motivo é simples: considero que seja o reconhecimento pelo pequeno período em que mantivemos uma convivência muito mais profunda do que simples relacionamento educador-educandos.
Sempre mantenho comigo a ideia de que o papel do professor é muito mais do que levar o conhecimento concreto a cada um de vocês. Dentro desse contexto, cabe-nos conduzi-los por caminhos que serão responsáveis por escolhas que perdurarão por toda uma vida.
Para finalizar gostaria de ilustrar este momento tão simbólico para todos vocês com uma frase que diz: “Ninguém é tão grande que não possa aprender e ninguém é tão pequeno que não possa ensinar.”
Muito obrigado!


(Discurso lido pelo professor Paulo Adriano como paraninfo da 8ª B da Emef Prof.ª Marleciene P. P. Bonfim no 1º semestre de 2012)

Discurso de formatura


A todas as autoridades, professores, pais, senhores e senhoras aqui presentes,

Boa Noite!

Primeiramente gostaria de agradecer, aos meus colegas da 8ª série B da EMEF Prof.ª Marleciene Priscila Presta Bonfim, a confiança depositada em mim, quando me escolheram para proferir neste dia tão importante, algumas palavras que possam expressar o pensamento da Turma e servir de reflexão no início desta nova caminhada. 

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Essa frase de Fernando Pessoa retrata bem o importante momento pelo qual estamos passando. Intenso. Inexplicável. Incomparável. Assim foi esse tempo em que estivemos unidos. Um período no qual descobrimos o mundo: estudamos, brincamos, aprendemos, sorrimos… Momentos que permanecerão em nossas vidas, como uma marca muito agradável em nossos corações.
Todos nós somos participantes ativos daquilo que nos transformamos. E nesta caminhada, sempre tivemos pessoas ativas ao nosso lado: nossos pais que nos dão as primeiras noções de educação e os valores que levamos para vida. Nossos professores que sempre nos auxiliaram em alguma coisa, ainda que não percebamos. E também nossos companheiros e companheiras, que sempre se fizeram presentes, nos ouvindo e nos ajudando quando precisamos. A todos eles os mais sinceros sentimentos de amor. 
Para finalizar, gostaríamos de enfatizar que esse momento não é um momento de tristeza porque nos despedimos. Não! Esse é um momento de reflexão, de olhar para frente. Um momento de admitir que a vida de cada um de nós é feita de fases. Tudo muda. O mundo muda. Nossas prioridades mudam e mudarão; nossa leitura de mundo, também. Não devemos nos entristecer porque as coisas acabaram, e sim agradecermos porque elas existiram. Aliás, nada aqui acabou; muito pelo contrário. Esse é tão somente o começo, o ponto de partida para mudar a realidade que nos cerca.
Agradecemos a Deus por nos dar forças para vencer mais esta etapa de nossas vidas, que apenas está abrindo caminho para que outras venham.

Uma salva de palmas para todos os formandos aqui presentes e aos nossos professores.

Muito Obrigada! (discurso lido por Raquel – da 8ª série B do 1º semestre de 2012)

sábado, 28 de julho de 2012

O currículo no estado de São Paulo e seus desafios

O currículo no estado de São Paulo e seus desafios

Ter um currículo que tenha uma base comum é de extrema importância para que todos os alunos do estado consigam desenvolver habilidades e competências necessárias para sua vida social. E sendo o currículo o resultado do acúmulo das culturas científica, humanista e artística, ele deve servir para que o professor consiga ampliar e contextualizar para seus alunos os conhecimentos que a humanidade acumulou ao longo do tempo.

O currículo nada mais é que a expressão do desejo de atender as expectativas da sociedade e os valores da nação. Assim, a escola é um dos espaços, senão o mais importante, que o aluno tem para ter conhecimento das diferentes culturas, articuladas com as competências e conteúdos abordados em sala de aula.

No entanto, o currículo não pode deixar de atender e relacionar os conteúdos com a realidade dos alunos e da comunidade que ele está inserido. E para que isso aconteça o professor deve ser um ser dotado de reflexão, ou seja, um gestor que irá analisar de que maneira os objetivos podem ser alcançados, e sempre que possível fazendo um replanejamento de suas ações e decisões.

Desta forma o currículo não será apenas um documento inerte, mas fará parte da realidade do aluno de forma dinâmica e viva, atendendo suas reais necessidades. Ele é peça fundamental para que o professor planeje suas aulas e sempre que necessário, o auxilie na resolução de problemas encontrados no dia a dia.

O desafio de colocar teoria em prática, sempre motivo de discussão e de reflexão entre os docentes e gestores da educação. Conhecimento é sim importante e sem ele não estaríamos aqui. No entanto, vale ressaltar que para que o currículo, como base da educação no estado de São Paulo, faça parte da realidade dos professores e se reflita na aprendizagem dos alunos, é necessário que o professor, enquanto gestor, articule os conhecimentos para que os alunos desenvolvam as habilidades e competências almejadas.

Além disso, é preciso entender a comunidade que o aluno está inserido para que a "base comum" não se torne inviável para o aluno. Sabemos que o estado é enorme, e a realidade social, econômica e cultural dos alunos não são as mesmas e nunca poderão ser por motivos históricos.

Daí a necessidade de se refletir e repensar o que será trabalhado. Desta forma teremos um currículo contextualizado com a vida do aluno, e alcançaremos os objetivos desejados.

Prof. Paulo Adriano da Silva
Julho/ 2012.
Texto escrito para a Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo "Paulo Renato Costa Souza" 

domingo, 23 de outubro de 2011

Trabalho de Literatura – 2º anos Ensino Médio

Trabalho de Literatura – 2º anos Ensino Médio

Pesquise e responda as seguintes questões. Seja o mais objetivo e claro possível, além de sintetizar ao máximo a ideia principal da questão. Atente-se para o fato de o que será avaliado é se suas respostas foram elaboradas por você e não apenas uma cópia, que nada acrescenta a você mesmo.

Primeira Parte

1 ) Explique o que é Parnasianismo. Quando começou? Onde? Seus principais autores, momento histórico e suas principais características.

2 ) Pode-se dizer que o Parnasianismo é o como, o Realismo na prosa, para a poesia? Justifique.

3 ) Explique o que é “Arte pela Arte”

4) O Parnasianismo focou-se apenas na produção poética e isto gerou um problema. Explique isso.

5 ) Fale sobre Olavo Bilac e seu poema “Profissão de Fé”. Tente analisar e responder o que este poema tem a ver como movimento literário Parnasiano.

(...)

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

(...)

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:

E que o lavor do verso, acaso,
Por tão subtil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Becerril.

E horas sem conto passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.

(...)

Que a minha dor nem a um amigo
Inspire dó...
Mas, ah! que eu fique só contigo,
Contigo só!

Vive! que eu viverei servindo
Teu culto, e, obscuro,
Tuas custódias esculpindo
No ouro mais puro.

Celebrarei o teu oficio
No altar: porém,
Se inda é pequeno o sacrifício,
Morra eu também!

Caia eu também, sem esperança,
Porém tranqüilo,
Inda, ao cair, vibrando a lança,
Em prol do Estilo!

Você pode encontrar esse poema na integra no site: http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/OlavoBilac/profissaodefe.htm

Segunda Parte

6 ) Explique o que é Simbolismo. Quando começou? Onde? Seus principais autores, momento histórico e suas principais características.

7 ) O Simbolismo ocorreu no fim do século XIX (dezenove), quando alguns valores caem em descrédito. Explique que valores são esses e quais foram as consequências disso.

8 ) O que o Simbolismo na literatura e o Surrealismo das artes tem em comum, e o que o Surrealismo trouxe de contribuição para este movimento literário?

9) Cruz e Sousa ficou conhecido como o “Cisne Negro” da literatura brasileira. Explique porque recebeu este apelido e qual sua contribuição para nossa arte. Fale sobre ele, com suas palavras.

10 ) Alphonsus de Guimaraens foi um importante poeta deste movimento e teve como mestre inspirador Cruz e Sousa. No entanto foi “Constância” sua principal inspiração em seus poemas. Explique como isso se deu e que relação isso tem (se há) com o poema “Ismália”, abaixo:

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Disponível em: http://www.releituras.com/alphonsus_ismalia.asp

Boa Pesquisa!

E lembre-se: Não copie. Escreva com suas palavras. Dessa forma você estará aprendendo.

Abraços!

Sugestões de sites para pesquisa:

http://educaterra.terra.com.br/literatura/parnasianismo/parnasianismo_1.htm

http://www.graudez.com.br/literatura/parnasianismo.html

http://www.algosobre.com.br/literatura/parnasianismo.html

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/parnasianismo.htm

Além da Edna falando:

http://www.youtube.com/watch?v=tRiW22ZT9hA

http://www.youtube.com/watch?v=bAjy0CwhY2U



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terça-feira, 18 de outubro de 2011

RESUMO - LITERATURA: REALISMO/ NATURALISMO “Le Réalisme”

LITERATURA: REALISMO/ NATURALISMO “Le Réalisme”

· França (1857) Madame Bovary – Gustave Flaubert

· Portugal (1865) Questão Coimbrã – Antero de Quental/ O crime do padre Amaro – Eça de Queirós

· Brasil (1881) Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis/ O mulato – Aluísio de Azevedo

· Fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade;

· Progresso científico e tecnológico;

· A burguesia enriquecida goza o luxo enquanto os operários sofrem na miséria;

· A literatura realista busca a renovação estética afinada com as tendências filosóficas e cientificas:


ü Determinismo - Hippolite Taine

ü Positivismo - Augusto Comte

ü Socialismo “utópico” - Pierre-Joseph Proundhon

ü Evolucionismo - Charles Darwin

ü Estudos Fisiológico - Claude Bernarde

ü Estudos Anticlericais - Joseph-Ernest Renan


· Ruptura com a linearidade das personagens românticas: Herói x Vilão / Bem x Mal;

· O autor ausenta-se da narrativa, colocando-se como observador neutro;

· Objetivismo, impessoalidade e perfeição formal;

· Busca da verossimilhança: as obras devem dar a impressão de verdade total, constituir um reflexo perfeito da realidade;

· Pessimismo: os valores burgueses e as crenças religiosas e ideológicas sofrem um processo de completo descrédito;

· Racionalismo - cuja tradução é tanto a análise psicológica como a análise social;

· Uma arte colocada contra o tradicionalismo romântico e uma atitude do artista diante da realidade;

· Personagens baseadas em indivíduos comuns (não há idealização da figura humana);

· As condições sociais e culturais das personagens são expostas;

· Lei da causalidade (toda ação tem uma reação);

· Contemporaneidade (exposição do presente) e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade).

· Naturalismo: Corrente cientificista do Realismo que privilegia os aspectos biológicos e instintivos;

· Analisa as relações humanas em seus aspectos corriqueiros, desprezando as grandes paixões, os fatos mais escabrosos e incomuns para torná-los matéria artística: era o “belo horrível”;

· Visão mecanicista do homem, submetido às leis da hereditariedade, às pressões do meio social e do ambiente natural;

· Focaliza as camadas inferiores, o proletariado, os marginais; Personagens grosseiras, temas chocantes: homossexualismo, incesto, adultério, assassinato, etc;

· A personagem naturalista também está condicionada a um destino contra o qual não pode lutar;

· O homem é visto como um “caso” a ser cientificamente analisado ou como um ser condicionado pelas leis físicas e químicas, pela hereditariedade e pelo meio físico e social.

· O Realista detém a análise até certo ponto e a interpretação indireta dos fatos, permite a conclusão do leitor; Já o Naturalista Não detém a análise: avança até as últimas consequências e a interpretação direta dos fatos, expondo conclusões;

· Ambos são: Anticlericais; Anti-românticos; Antiburgueses; Retratam e educam a sociedade;

· Todo naturalista é realista, mas nem todo realista é naturalista.”

· Romantismo prevalecia a imagem de um homem sentimental.

· Realismo predomina o homem psicológico.

· Naturalismo o homem biológico.

· O Realismo apresenta, acima de tudo, a verdade, a vida tal como é, utilizando para isso a técnica da documentação e da observação contrariamente à invenção romântica.

· "Pus a nu as chagas daqueles que vivem mais abaixo. Minha obra não é obra de partido e de propaganda: é uma obra de verdade." (Émile Zola)

· Poesia Realista - a poesia da época, a que genericamente se chama “realista”, alcançou grande prestígio e se destacou em quatro posições:

1) Poesia Realista (propriamente dita): Representada por Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Teófilo Braga e outros, se caracterizava pela crítica social e pelo engajamento político;

2) Poesia do Cotidiano: Representada por Cesário Verde, que parcialmente ligada à poesia realista, procura incorporar à poesia certos aspectos da realidade até então considerados pouco poéticos;

3) Poesia Metafísica: representada por Antero de Quental que se volta para as indagações em torno da vida, da morte e de Deus;

4) Poesia Parnasiana: Representada por João da Penha e outros, cuja preocupação central é resgatar a tradição clássica, deixada de lado pelo Romantismo.

Questão Coimbrã: Polêmica entre escritores de Lisboa e Coimbra, em que se defrontaram os defensores de idéias consideradas ultrapassadas e os adeptos da nova corrente de pensamentos que tomavam conta da Europa: “Idéia Nova’ (o Realismo). Antônio de Castilho, escritor e líder de um grupo de poetas ultra-românticos, escreveu um posfácio à obra “Poema da Mocidade”, de Pinheiro Chagas, poeta que ainda seguia rigidamente o modelo romântico. Neste posfácio Castilho acusava os novos escritores de exibicionismo. Entre os acusados achava-se Antero de Quental, líder do grupo de jovens escritores. Quental elaborou em resposta um folheto denominado ”Bom Senso e Bom Gosto”, em que ridicularizava Castilho e defendia a nova geração. Estava criada a polêmica, que na verdade, refletia a discordância entre românticos e realistas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A criança e a televisão em nosso tempo

A televisão no mundo contemporâneo tornou-se a “babá” na maioria dos lares. Com pai e mãe tendo que trabalhar para sustentar a família, a criança se vê a mercê do objeto falante que enfeita as salas da maioria das famílias. Através da televisão a criança tem acesso a diversos mundos e, é ai que está o perigo: sem os pais por perto para selecionar o que os filhos irão assistir, a criança pode entrar em um mundo tenebroso.

A presença de desenhos com conteúdos agressivos e violentos acabam por influenciar as crianças que ainda não tem capacidade cognitiva de escolher e selecionar o que é melhor para elas.

Desenhos como o “Pica-Pau”, por exemplo, mostra uma visão completamente deturpada da realidade que apesar de várias peraltices e atitudes violentas do personagem principal, acaba se dando bem e sai como vitorioso. Fica claro que, de certa forma, a criança pode apreender esta atitude negativa, e acreditar que mesmo ela agindo de forma errada não sofrerá nenhuma punição.

Outro exemplo é o desenho “Zé Colméia”, no qual o personagem de mesmo nome rouba alimentos dos turistas que vão acampar no parque florestal e no final o urso fica ileso. Poderiam ser citados diversos exemplos, no entanto não se faz necessário, uma vez que, fica evidente a má influência moral entre a maioria deles.

Não se pode negar ainda, a presença de desenhos educativos, moralizantes e que favorecem o desenvolvimento saudável da criança. Um bom exemplo é o filme “Horton e o mundo dos Quem” que conta a história de um elefante que desafia todos os seus limites para preservar uma pequena população, e, no final traz uma importante mensagem: “uma pessoa é sempre uma pessoa, não importa o tamanho”, fazendo com que as crianças criem este pensamento, valorizem e respeitem o outro.

Enfim, é importante dedicar mais tempo aos filhos, livrando-os das más influências da “babá eletrônica” e acompanhar, sempre que possível, junto com eles a programação infantil, além de, ajudá-los a escolher o melhor conteúdo e discutir de forma construtiva e argumentativa o motivo desta escolha e não de outra.



Prof. Paulo Adriano

Língua Portuguesa/ Inglesa

singartonline@yahoo.com.br