terça-feira, 18 de outubro de 2011

RESUMO - LITERATURA: REALISMO/ NATURALISMO “Le Réalisme”

LITERATURA: REALISMO/ NATURALISMO “Le Réalisme”

· França (1857) Madame Bovary – Gustave Flaubert

· Portugal (1865) Questão Coimbrã – Antero de Quental/ O crime do padre Amaro – Eça de Queirós

· Brasil (1881) Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis/ O mulato – Aluísio de Azevedo

· Fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade;

· Progresso científico e tecnológico;

· A burguesia enriquecida goza o luxo enquanto os operários sofrem na miséria;

· A literatura realista busca a renovação estética afinada com as tendências filosóficas e cientificas:


ü Determinismo - Hippolite Taine

ü Positivismo - Augusto Comte

ü Socialismo “utópico” - Pierre-Joseph Proundhon

ü Evolucionismo - Charles Darwin

ü Estudos Fisiológico - Claude Bernarde

ü Estudos Anticlericais - Joseph-Ernest Renan


· Ruptura com a linearidade das personagens românticas: Herói x Vilão / Bem x Mal;

· O autor ausenta-se da narrativa, colocando-se como observador neutro;

· Objetivismo, impessoalidade e perfeição formal;

· Busca da verossimilhança: as obras devem dar a impressão de verdade total, constituir um reflexo perfeito da realidade;

· Pessimismo: os valores burgueses e as crenças religiosas e ideológicas sofrem um processo de completo descrédito;

· Racionalismo - cuja tradução é tanto a análise psicológica como a análise social;

· Uma arte colocada contra o tradicionalismo romântico e uma atitude do artista diante da realidade;

· Personagens baseadas em indivíduos comuns (não há idealização da figura humana);

· As condições sociais e culturais das personagens são expostas;

· Lei da causalidade (toda ação tem uma reação);

· Contemporaneidade (exposição do presente) e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade).

· Naturalismo: Corrente cientificista do Realismo que privilegia os aspectos biológicos e instintivos;

· Analisa as relações humanas em seus aspectos corriqueiros, desprezando as grandes paixões, os fatos mais escabrosos e incomuns para torná-los matéria artística: era o “belo horrível”;

· Visão mecanicista do homem, submetido às leis da hereditariedade, às pressões do meio social e do ambiente natural;

· Focaliza as camadas inferiores, o proletariado, os marginais; Personagens grosseiras, temas chocantes: homossexualismo, incesto, adultério, assassinato, etc;

· A personagem naturalista também está condicionada a um destino contra o qual não pode lutar;

· O homem é visto como um “caso” a ser cientificamente analisado ou como um ser condicionado pelas leis físicas e químicas, pela hereditariedade e pelo meio físico e social.

· O Realista detém a análise até certo ponto e a interpretação indireta dos fatos, permite a conclusão do leitor; Já o Naturalista Não detém a análise: avança até as últimas consequências e a interpretação direta dos fatos, expondo conclusões;

· Ambos são: Anticlericais; Anti-românticos; Antiburgueses; Retratam e educam a sociedade;

· Todo naturalista é realista, mas nem todo realista é naturalista.”

· Romantismo prevalecia a imagem de um homem sentimental.

· Realismo predomina o homem psicológico.

· Naturalismo o homem biológico.

· O Realismo apresenta, acima de tudo, a verdade, a vida tal como é, utilizando para isso a técnica da documentação e da observação contrariamente à invenção romântica.

· "Pus a nu as chagas daqueles que vivem mais abaixo. Minha obra não é obra de partido e de propaganda: é uma obra de verdade." (Émile Zola)

· Poesia Realista - a poesia da época, a que genericamente se chama “realista”, alcançou grande prestígio e se destacou em quatro posições:

1) Poesia Realista (propriamente dita): Representada por Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Teófilo Braga e outros, se caracterizava pela crítica social e pelo engajamento político;

2) Poesia do Cotidiano: Representada por Cesário Verde, que parcialmente ligada à poesia realista, procura incorporar à poesia certos aspectos da realidade até então considerados pouco poéticos;

3) Poesia Metafísica: representada por Antero de Quental que se volta para as indagações em torno da vida, da morte e de Deus;

4) Poesia Parnasiana: Representada por João da Penha e outros, cuja preocupação central é resgatar a tradição clássica, deixada de lado pelo Romantismo.

Questão Coimbrã: Polêmica entre escritores de Lisboa e Coimbra, em que se defrontaram os defensores de idéias consideradas ultrapassadas e os adeptos da nova corrente de pensamentos que tomavam conta da Europa: “Idéia Nova’ (o Realismo). Antônio de Castilho, escritor e líder de um grupo de poetas ultra-românticos, escreveu um posfácio à obra “Poema da Mocidade”, de Pinheiro Chagas, poeta que ainda seguia rigidamente o modelo romântico. Neste posfácio Castilho acusava os novos escritores de exibicionismo. Entre os acusados achava-se Antero de Quental, líder do grupo de jovens escritores. Quental elaborou em resposta um folheto denominado ”Bom Senso e Bom Gosto”, em que ridicularizava Castilho e defendia a nova geração. Estava criada a polêmica, que na verdade, refletia a discordância entre românticos e realistas.

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